Na cidade de Alfafar, em Valência, as equipas de bombeiros continuam a tentar retirar os destroços de uma passagem subterrânea para a qual dezenas carros foram arrastados pela força da água. À medida que as horas passam, cresce o receio de que mais corpos possam ser encontrados sem vida, seja no interior do túnel, ou dentro dos carros.
Com o nascer do dia, muitos moradores dos bairros mais próximos juntam-se aos trabalhos. Por toda a comunidade valenciana, milhares de populares continuam nas ruas para ajudar nas mais variadas tarefas.
Chegaram ainda mais, logo cedo, na manhã deste sábado. Foram organizados por turnos e distribuídos pelas zonas mais afetadas.
Nesta altura, e no meio de um cenário caótico, a prioridade dos bombeiros em encontrar corpos mantém-se. Estima-se que o número de vítimas possa ser superior.
As autoridades já começaram a avaliar a magnitude da catástrofe, a pior das últimas cinco décadas no país.
Com base no registo de chamadas para os serviços de emergência, estima-se que haja cerca de 1.900 pessoas desaparecidas, números que o Governo central não está a considerar nos balanços provisórios e que atribui, ainda, a falhas de comunicação.
Entretanto, a eletricidade já começou, aos poucos, a ser restabelecida, mas ainda há milhares de casas sem luz, sobretudo na região mais a leste de Espanha.
Para este sábado, os meteorologistas preveem mais chuva, sobretudo nas ilhas baleares, na região da Catalunha, e, novamente, na comunidade valenciana.