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Pelo menos 211 mortos e milhares de desaparecidos: o quarto dia após as cheias em Espanha

Quatro dias depois das cheias em Espanha, estima-se que haja milhares pessoas desaparecidas. O último balanço dá ainda conta de 211 mortos. No terreno, os trabalhos continuam, com ajuda de milhares de voluntários.

Sérgio Aleluia

Na cidade de Alfafar, em Valência, as equipas de bombeiros continuam a tentar retirar os destroços de uma passagem subterrânea para a qual dezenas carros foram arrastados pela força da água. À medida que as horas passam, cresce o receio de que mais corpos possam ser encontrados sem vida, seja no interior do túnel, ou dentro dos carros.

Com o nascer do dia, muitos moradores dos bairros mais próximos juntam-se aos trabalhos. Por toda a comunidade valenciana, milhares de populares continuam nas ruas para ajudar nas mais variadas tarefas.

Chegaram ainda mais, logo cedo, na manhã deste sábado. Foram organizados por turnos e distribuídos pelas zonas mais afetadas.

Nesta altura, e no meio de um cenário caótico, a prioridade dos bombeiros em encontrar corpos mantém-se. Estima-se que o número de vítimas possa ser superior.

As autoridades já começaram a avaliar a magnitude da catástrofe, a pior das últimas cinco décadas no país.

Com base no registo de chamadas para os serviços de emergência, estima-se que haja cerca de 1.900 pessoas desaparecidas, números que o Governo central não está a considerar nos balanços provisórios e que atribui, ainda, a falhas de comunicação.

Entretanto, a eletricidade já começou, aos poucos, a ser restabelecida, mas ainda há milhares de casas sem luz, sobretudo na região mais a leste de Espanha.

Para este sábado, os meteorologistas preveem mais chuva, sobretudo nas ilhas baleares, na região da Catalunha, e, novamente, na comunidade valenciana.

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