A Moldávia vai este domingo a votos para eleger o Presidente da República, num processo que poderá determinar o futuro geopolítico do país. Além das eleições presidenciais, os moldavos também decidirão, em referendo, se o país deve aderir à União Europeia, numa tentativa do Governo moldavo de se aproximar do Ocidente.
O referendo surge num momento de forte tensão entre a Rússia e o Ocidente, uma vez que cerca de 10% do território moldavo, a república separatista da Transnístria, está sob a influência de Moscovo, com a presença de aproximadamente 1.500 soldados russos.
Geograficamente situada entre a Ucrânia e a Roménia, a Moldávia, uma antiga república soviética, tem passado as últimas três décadas dividida entre as influências do Ocidente e da Rússia. O atual Governo moldavo, composto por líderes pró-europeus, tem feito esforços para integrar o país na União Europeia, ao mesmo tempo que tenta controlar as reivindicações da minoria russa, apoiada pelo Kremlin.
As últimas sondagens indicam que a adesão à União Europeia tem o apoio, sobretudo, da população mais jovem e instruída, o que poderá ser um fator decisivo no referendo.