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Israel diz que "erro humano" impediu interceção de drone em ataque dos Houthis

O ataque aéreo ocorreu pelas 03:15 (01:15 em Lisboa) e provocou pelo menos um morto.

Anadolu / GettyImages

Lusa

O exército israelita disse esta sexta-feira que o atentado contra Telavive, esta madrugada, realizado com um "'drone' muito grande", não foi intercetado devido a "erro humano".

O ataque aéreo ocorreu pelas 03:15 (01:15 em Lisboa), quando um 'drone' caiu sobre "um edifício de apartamentos perto do consulado norte-americano em Telavive", referiu um responsável militar israelita durante uma conferência de imprensa sobre o ataque que causou pelo menos uma morte.

Trata-se de um "'drone' muito grande que pode percorrer grandes distâncias", referiu.

O veículo aéreo não tripulado foi detetado pelo exército israelita, mas "um erro humano" fez com que os "sistemas de interceção e de defesa não fossem ativados", explicou.

"Nenhum alarme foi ativado. Isso faz parte do que estamos a investigar. Não soou nenhum alarme em Telavive porque não foi ativado", acrescentou.

Este tipo de ataque, sublinhou o exército, ocorre "quase diariamente" em Israel.

"Desde o início da guerra, estamos a enfrentar uma guerra com múltiplas frentes", explicou, referindo-se ao conflito na Faixa de Gaza e também às tensões na fronteira norte com o Líbano.

Os rebeldes huthis do Iémen reivindicaram entretanto a autoria deste ataque.

"A Força Aérea das Forças Armadas do Iémen [como os huthis se autodenominam] levou a cabo uma operação militar qualitativa, que consistiu em atacar um dos alvos importantes na região ocupada de Jaffa, chamada Telavive israelita", afirmou esta sexta-feira o porta-voz militar dos Huthis, Yahya Sarea, em comunicado.

O 'drone' "é capaz de evitar os sistemas de interceção do inimigo e não ser detetado pelos radares", acrescentou Sarea, na mesma nota, publicada na rede social X (antigo Twitter).

"A operação atingiu com sucesso os objetivos", disse o responsável, alertando que os huthis "declaram a região ocupada de Jaffa uma área insegura e será um alvo principal dentro do alcance das armas" do grupo.

O ataque foi realizado "em apoio ao povo palestiniano" e "em resposta aos massacres israelitas em Gaza", indicou.

Além da morte de um homem de 50 anos, a explosão deixou ainda alguns feridos, com o número divulgado pelas agências de notícias a variar entre dois e 10.

Entretanto, o presidente da câmara de Telavive anunciou que a cidade elevou o nível de alerta depois do ataque.

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