Os chefes de Governo e de Estado da União Europeia vão decidir esta quinta-feira se aprovam a nomeação do ex-primeiro-ministro português António Costa para a presidência do Conselho Europeu, no âmbito do pacote dos cargos de topo europeus até 2029.
Para Francisco Cordeiro Araújo, o entendimento entre PS e PSD - para avançar com o nome da António Costa para o cargo europeu - "é a mais consensual" em casos de política externa do que na política interna.
"A opinião que conta será sempre do Primeiro-Ministro de Portugal, neste caso, Luís Montenegro. Porque não estamos a falar de uma função que exige a outro tipo de votação. Neste caso só há uma pessoa que interessa essencialmente nesta eleição, mesmo que as outras digam que só que se oponham, nomeadamente de de outros partidos, é pouco relevante para a expressão eleitoral".
"Mas este tipo de de acordos, nomeadamente em política externa e presença em instituições como na União Europeia é algo tradicional. Foi sempre algo que que marcou a nossa, a nossa política, mesmo nesta alternância entre PS e PSD".
O primeiro-ministro salientou que Costa "será melhor líder europeu do que foi como primeiro-ministro".
"Sim, eu acho que António Costa tem características que favorece mais a sua prestação como Presidente do Conselho Europeu. António Costa não tem propriamente uma imagem de reformista, mas tem uma imagem de conseguir encontrar pontos, de conseguir fazer acordos, mesmo acordos muito difíceis (...) Estas características podem ser úteis num Conselho Europeu com pessoas com ideologias completamente diferentes, ideias diferentes, algumas querem marcar a sua posição, às vezes até afirmar os seus egos. Eu acho que António Costa, pela sua credibilidade, pode ser apaziguador".
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