Na noite de terça-feira realizou-se o primeiro debate para as eleições legislativas em França. O clima foi de tensão, numa altura em que, temas como a imigração e segurança chamam cada vez mais à atenção dos franceses.
Pela primeira vez, a extrema-direita francesa já se vê no lugar do poder. O presidente do Partido União Nacional, Jordan Bardella, sabe que os votos de protesto devido à inflação persistente são muitos. Numa altura em que a coligação liderada pela esquerda radical, em segundo nas sondagens, também os tenta conquistar.
Já o candidato liberal e primeiro-ministro cessante, Gabriel Attal, alerta que nem todas as promessas são possíveis de realizar. Diz que, ao contrário dos seus adversários, “não quer mentir aos franceses” e “prometer-lhes a lua”.
Desta forma, o campo liberal não recua no polémico aumento da idade da reforma - dos 62 para os 64 anos. A reforma dos franceses aproxima os blocos da oposição.
Já imigração e segurança leva liberais e a esquerda a um coro de críticas contra o Partido Nacionalista de Jordan Bardella que quer impedir franceses com dupla nacionalidade de ocupar determinados cargos públicos.
O partido de Emmanuel Macron deverá perder largamente no próximo domingo. E a segunda volta pode ser polarizada entre a extrema-direita e a coligação liderada pela esquerda radical.