Com uma oração, transmitida para todo o país, o Líder Supremo do Irão deu início às exéquias do presidente Ebrahim Raisi, que será sepultado esta quinta-feira na sua cidade natal. A Grande Mesquita de Teerão encheu-se para as cerimónias encabeçadas pelo aiatolá Ali Khamenei.
Nas primeiras filas estavam os homens mais poderosos do país, clérigos e comandantes da Guarda Revolucionária e ainda dezenas de representantes estrangeiros, entre os quais o líder do Hamas no exílio e o número 2 do movimento xiita libanês Hezbollah. Os dois movimentos que fazem a guerra a Israel são apoiados pelo regime islâmico iraniano.
Em dia declarado oficialmente feriado, os habitantes de Teerão foram convocados por SMS para assistir ao cortejo fúnebre. No centro da capital, a televisão estatal fala num milhão de despedidas a Ebrahim Raisi e às outras sete vítimas do acidente.
O que aconteceu?
Ebrahim Raisi e o ministro dos Estrangeiros morreram no fim de semana, quando voavam num de três helicópteros que se despenhou nas montanhas do Norte do Irão.
A primeira explicação oficial aponta para uma falha técnica provocada pela chuva e pelo denso nevoeiro. O chefe de gabinete que viajava noutro aparelho desmente já a hipótese de um voo em más condições meteorológicas.
Não há data prevista para a conclusão do inquérito à queda do helicóptero.
O sucessor político e próximo presidente do Irão será escolhido nas eleições já marcadas para 28 de junho.