Mundo

Em Israel, o Dia da Memória fica marcado pelos protestos contra o Governo de Netahyahu

O ministro da Segurança Nacional, o ultranacionalista Ben Gvir, figura pouco consensual do governo israelita, foi um dos mais visados pelos protestos.

Sofia Arêde

A celebração do Dia da Memória em Israel ficou marcada por protestos contra o Governo liderado por Benjamin Netanyahu. O primeiro-ministro israelita, que continua a ser pressionado pelos familiares dos reféns a negociar um acordo, reitera que a guerra só terminará com a destruição do Hamas.

O primeiro Dia da Memória em Israel depois do conflito com o Hamas foi vivido de forma particularmente intensa e ao contrário do que é habitual, a homenagem aos militares caídos em combate e às vítimas civis de atentados terroristas revelou um país desunido na dor.

O ministro da Segurança Nacional, o ultranacionalista Ben Gvir, figura pouco consensual do governo israelita, foi um dos mais visados pelos protestos.

Apesar da contestação interna e do crescente isolamento internacional, o Governo de Netanyahu mostra-se pouco permeável às críticas, mesmo às do maior aliado.

No sul de Gaza, onde se teme uma ofensiva total das forças israelitas, prossegue o exodo. Mai Anseir conta que é a quarta vez que é obrigada sair de onde está. Diz que tem cinco filhos e que agora não sabe para onde ir.

Estima-se que nos últimos dias, mais de 300 mil pessoas tenham abandonado Rafah, a maior parte para zonas sem qualquer infraestrutura de acolhimento e onde a ajuda humanitária é escassa ou inexistente.

Últimas