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Cheias no Brasil: saques e roubos têm ampliado a tragédia

Em alguns locais, o nível das águas começou a descer e à vista ficam as marcas deixadas pela enchente. Supermercados, lojas e casas de Porto Alegre tornaram-se um alvo fácil para a criminalidade.

Joana Costa de Sousa

As inundações causadas pelas fortes chuvas no Sul do Brasil já causaram mais de 140 mortos e meio milhão de desalojados. Quase todo o estado de Rio Grande do Sul permanece em alerta devido às previsões meteorológica, numa altura em que as equipas de resgate continuam as buscas por sobreviventes.

Nas redes sociais multiplicam-se as imagens de resgate, onde se veem operacionais, familiares e dezenas de voluntários a fazerem o que podem para tentar chegar às populações isoladas pelas cheias.

Com o número de mortos e desaparecidos a aumentar, as equipas de resgate tentam aproveitar a trégua das chuvas para continuar as buscas. Quase todo o estado de Rio Grande do Sul permanece em alerta e nos próximos dias, com a previsão de mais chuva e vento, a situação pode agravar-se de forma dramática.

Em alguns locais, o nível das águas começou a descer e à vista ficam as marcas deixadas pela enchente. Supermercados, lojas e casas da capital gaúcha tornaram-se um alvo fácil para a criminalidade.

Saques e roubos dificultam a situação

Saques e roubos têm ampliado a tragédia, mas a solidariedade parece ser muito maior. O aeroporto de Recife, no Nordeste, está lotado de doações rumo ao Sul. As inundações deixaram mais de meio milhão de pessoas desalojadas. Só em canoas, 150.000 tiveram de ser retiradas de casa, o que representa mais de 40% da população.

A prefeitura da cidade está a ser acusada de ter confiscado doações destinadas à população, que reagiu de forma violenta à visita do prefeito a um dos abrigos improvisados pelas autoridades.

A polémica que envolve a prefeitura de Canoas é só mais uma na arena politica das redes sociais, com apoiantes de Lula e Bolsonaro a trocarem acusações, enquanto se enterram os mortos e se cuida dos mais de dois milhões de afetados pelo maior desastre climático que a região já enfrentou.

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