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Rússia denuncia incursão ucraniana apoiada pelo Reino Unido

Serviço Federal de Segurança da Rússia disse que o objetivo da incursão ucraniana na costa do Mar Negro era colocar uma unidade de "sabotadores" das forças especiais no istmo de Tendra e acrescentou que a operação foi planeada pelo comando especial da Marinha britânica.
Frota russa no Mar Negro
AP/ Arquivo

Lusa

O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia disse quinta-feira ter repelido uma incursão ucraniana na costa do Mar Negro com o apoio do Reino Unido, numa zona parcialmente ocupada pelo Exército russo.

O objetivo da manobra ucraniana era colocar uma unidade de "sabotadores" das forças especiais no istmo de Tendra, a sul de Kherson, disse o FSB.

De acordo com o comunicado, a operação foi planeada pelo comando especial da Marinha britânica conhecido como SBS ('Special Boat Service'), "o que confirma o envolvimento direto do Reino Unido no conflito".

Durante a tentativa de desembarque, adianta, os efetivos do FSB, em cooperação com o Ministério da Defesa, liquidaram o inimigo e capturaram um dos membros do comando ucraniano.

A nota oficial russa refere que o prisioneiro confessou que o comando ucraniano tinha completado a formação na base "5 Rifles" em Bullford (Reino Unido).

O FSB diz que este testemunho confirma o envolvimento das forças especiais britânicas "na preparação de ações dirigidas contra a segurança da Rússia e também no treino dos militares no território do Reino Unido".

Há vários meses que a Rússia acusa o Ocidente de envolvimento direto na guerra na Ucrânia, tanto em termos de armamento como de mercenários ou de instrutores militares.

Já é o terceiro ano de guerra Rússia-Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços decisivos no teatro de operações, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.

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