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Russos podem votar, mas "quem elege é o Kremlin"

José Milhazes analisa os ataques com drones do exército ucraniano esta manhã em território russo.

SIC Notícias

A Rússia foi esta manhã atingida por vários ataques de drones, que atingiram dois depósitos de combustível. Para José Milhazes, esta é uma tentativa do exército ucraniano de explorar as fragilidades do sistema antiaéreo de Moscovo a dias das eleições na Rússia, entre 15 e 17 de março.

“É como se dizia no como se dizia no tempo da União Soviética, à boca quase fechada: ‘votar pode-se votar, agora eleger é que não’. Eleger elege o Kremlin, que decide quantos votos vai ter Putin”, nota o comentador.

Os ataques desta manhã podem ser ainda “uma forma de a Ucrânia tentar atrair tropas russas que estão concentradas em determinadas direções, na frente, para o lugar onde se realizam as operações das chamadas legiões anti-Putin, que combatem ao lado dos ucranianos”.

“Se este tipo de operações se desenvolver dentro do território russo, o Kremlin tem que reagir rapidamente para não fazer figura de fraco”, explica José Milhazes.

Sobre as declarações do Papa, o comentador lamenta que Francisco tenha colocado “o agressor ao nível do agredido”: “são realmente um desastre”, considera.

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