A União Europeia (UE) pretende investir 1,5 mil milhões de euros para incentivar os países-membros a reforçar a indústria da defesa.
O plano foi esta terça-feira apresentado em Bruxelas. Pretende criar uma economia de guerra na união e reduzir a dependência dos Estados Unidos. Entre as propostas está a aquisição conjunta de pelo menos 40% do equipamento de defesa nos próximos seis anos.
Investimento de 100 mil milhões
A Comissão Europeia apresentou uma estratégia industrial europeia de defesa, para criar uma "economia de guerra" na UE, com um programa para investimento no setor que deverá requerer 100 mil milhões de euros.
As contas são do comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, que indicou que, "para uma defesa europeia credível, é necessária uma ambição orçamental adequada", apelando a que a UE "se prepare já, nos próximos 12 meses, para a possibilidade de um investimento adicional na ordem dos 100 mil milhões de euros".
Segundo Breton, "a UE tem de mudar o paradigma e passar para o modo de economia de guerra", o que significa que "a indústria europeia de defesa deve assumir mais riscos".
Em causa está a proposta sobre a Estratégia Industrial de Defesa Europeia para responder às lacunas de investimento no setor com instrumentos europeus e contratos públicos conjuntos e, assim, reforçar a capacidade e apoiar a Ucrânia devido à invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.
A estratégia prevê a criação de um mecanismo de vendas militares europeias para responder às necessidades, de preferência no espaço comunitário, que serão respondidas com a aposta no fabrico e de fornecimento de matérias-primas e outros componentes para meios de Defesa, à semelhança como foi feito para acelerar o desenvolvimento das vacinas anticovid-19.
Com LUSA