O consumo de fentanil está a aumentar e a causar cada vez mais mortos no México. Quem o diz são as organizações humanitárias de apoio aos toxicodependentes, que acusam o Governo mexicano de não se preocupar com a situação.
Todos os dias há voluntários a percorrer as vielas de Juarez para testar as drogas que alguém está prestes a injetar. É um trabalho que exige a confiança dos toxicodependentes.
As conclusões sobre a situação no México preocupam os voluntários.
93% da heroína, cocaína e anfetaminas consumidas no México têm fentanil, um opioide perigoso que mata em pequenas quantidades, mas que também aumenta o efeito de outros estupefacientes.
Mas há mais factos a dar visibilidade ao problema. Das autópsias feitas a vítimas de homicídios ou de acidentes, se em 2013 apenas uma detetou fentanil no cadáver, no ano passado o opioide apareceu em 180 casos.
O Governo ordenou várias operações policiais de combate ao narcotráfico nos últimos meses, mas continua a garantir que o fentanil, no México, só está de passagem.
As ONG mexicanas garantem que o consumo de fentanil pode tornar-se uma epidemia em poucos meses.