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"Desejo a morte a cada minuto”, o relato de uma mãe em Gaza

Pelo menos duas pessoas morreram em Damasco, a capital síria, na sequência de um ataque aéreo atribuído às forças israelitas, mas que Telavive não comentou.

Sofia Arêde

Com quase 90% da população de Gaza deslocada, a maior parte concentrada no sul do território, em Rafah, junto à fronteira com o Egipto, há cada vez mais pessoas a depender de ajuda humanitária para sobreviver.

O território permanece sob bloqueio total há mais de quatro meses. As casas que ainda estão de pé não têm água, nem eletricidade, os postos de combustível não têm gasolina, as farmácias e os hospitais não têm medicamentos.

A pouca comida que existe é tão cara que poucos conseguem comprá-la. Nas últimas semanas, uma situação que já era muito grave agravou-se, porque as organizações humanitárias deixaram de ter condições de segurança para distribuir os bens que a conta-gotas cruzam as fronteiras de Gaza.

“Os meus sentimentos são indescritíveis quando o meu filho me pede água, que é o mínimo que devia poder dar-lhe, e não consigo. Sinto-me péssima. Desejo a morte a cada minuto”, lamentou uma mãe.

Com a ordem civil em colapso e sem uma trégua que permita a entrada e a distribuição de ajuda humanitária, a população, sobretudo a mais vulnerável, corre um sério risco de não sobreviver a esta guerra.

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