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Ajuda à Ucrânia: "Muito importante sinal de força por parte da Europa”

Pedro Cordeiro, editor de Internacional do Expresso, sublinha a importância da ajuda da UE à Ucrânia e considera que os EUA são o país que "consegue ter algum peso junto de Israel"

SIC Notícias

Os líderes da União Europeia (UE) chegaram esta quinta-feira a acordo sobre um apoio financeiro de 50 mil milhões de euros à Ucrânia, um "muito importante sinal de força por parte da Europa”.

A ajuda norte-americana continua bloqueada e “nada indica que muito depressa haja um desbloqueio”, diz Pedro Cordeiro.

“Começa a ser difícil para a Ucrânia, cuja contraofensiva está um pouco estagnada e a quem a guerra não está a correr da melhor forma. É essencial que a Ucrânia possa receber essa ajuda é uma segurança (…) Por outro lado, é um sinal de que, apesar de tudo. é possível a União Europeia construir consensos”.

Acordo entre Israel e Hamas

Quase uma semana depois do fim de semana em Paris dos chefes das secretas de Israel, Estados Unidos, Qatar e Egito, não sabemos os exatos termos do acordo.

Israel exige a libertação de todos os reféns. O Hamas exige uma paragem das atividades de guerra na Faixa de Gaza. “O que é de esperar é que, quando um acordo for anunciado, seja provavelmente algo no meio destas duas posições”.

“Admirava-me muito que Israel aceitasse parar completamente a guerra em Gaza. Acho que não fará enquanto não puder ter algo que lhe permita dizer que atingiu aqueles objetivos inicialmente declarados”.

Em relação aos reféns “pode, do lado do Hamas, haver uma parcimónia em libertar todos, uma vez que eles são, é triste a dizê-lo, uma importante moeda de troca nestas negociações”.

Israel, apesar de não ter todos os objetivos cumpridos, tem vindo a reivindicar que já eliminou uma parte significativa de militantes do Hamas.

“Alguns dirigentes que já foram seletivamente assassinados por Israel, mas poder dizer que o Hamas ficou definitivamente incapacitado do ponto de vista militar, é algo que Israel não quererá fazer se houver um risco de voltar a haver ataques”"

Blinken regressa ao Médio Oriente

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, regressa ao Médio Oriente no domingo. Além da trégua, Blinken tem a difícil missão de convencer Israel a aceitar uma futura solução dos dois Estados.

“Se há alguém que consegue ter algum peso junto de Israel, ainda são os Estados Unidos. Portanto, a missão é difícil para Blinken, a diferença é que, para qualquer outro ministro dos Negócios Estrangeiros seria impossível porque não há país que tenha o peso junto de Israel que tem os Estados Unidos da América e a Administração Biden tem mostrado a sua o seu afinco nesta solução dos dois Estados”.

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