O ataque a um edifício num bairro rico de Damasco provocou cinco membros da Guarda Revolucionária do Irão e “as consequências podem ser muito complicadas e com alguma gravidade, porque as coisas estão a escalar de tal forma em que já começámos a entrar em território muito perigoso”, começou por explicar a comentadora da SIC Maria João Tomás.
“Isto foi um ataque é solo sírio, em que quem morreu foram patentes da Guarda Revolucionária do Irão. Ora, isto pode escalar não só regionalmente, mas se continuar a acontecer, há possibilidade da Rússia ir ao encontro de Assad, não para o defender, mas para defender as suas posses", referiu ainda a comentadora.
E alertou:
“Pode estar iminente o escalar da guerra não só regional, mas global".
Cessar-fogo de dois meses em Gaza
Dezenas de familiares de reféns ainda detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza invadiram esta segunda-feira uma reunião da Comissão de Finanças do parlamento israelita para exigir ações concretas que levem à libertação dos cativos.
Nesse seguimento, Israel apresentou ao Hamas uma proposta que inclui até dois meses de cessar-fogo como parte de um acordo multifásico que inclui a libertação de todos os reféns ainda detidos em Gaza.
Para Maria João Tomás, Netanyahu aceitou, porque a pressão dos familiares dos reféns foi muito grande, porque na verdade, o primeiro-ministro israelita “sempre considerou os reféns como danos colaterais”.
“Nós, neste momento, temos reféns que estão grávidas das violações que o Hamas fez. Portanto, a situação deve ser desesperante, não só para os reféns, mas também para os familiares. E isso tem causado muita inquietação interna em Israel”, sublinhou.
A comentadora da SIC mencionou que, segundo uma sondagem divulgada recentemente, 53% dos israelitas pensam que Netanyahu está a jogar apenas nos seus interesses. Mas, porquê? “Porque se ele perder e for deposto, é preso”.