O Reino Unido alerta para a deterioração de segurança no Mar Vermelho. A preocupação deve-se à ameaça crescente dos ataques com mísseis e drones dos rebeldes Houthis do Iémen.
David Cameron, ministro dos Negócios Estrangeiros, anunciou que o Reino Unido vai emprestar alguns navios para a circulação de mercadorias no Mar Vermelho.
“O que penso que é necessário no Mar Vermelho é garantir que o transporte marítimo possa continuar a circular, a entregar petróleo, mercadorias e, por isso, este grupo de trabalho marítimo que está criado procura parceiros que ajudem a permitir que isso aconteça e a Grã-Bretanha vai ser um desses parceiros e penso que a Itália também vai ser”, anunciou David Cameron.
Cameron reforçou que “é muito importante que haja uma mensagem muito clara para os Houthis, que têm lançado todos estes ataques, que não são tolerados”.
Petrolíferas e empresas de transporte evitam a área
Por uma questão de segurança, a BP decidiu “suspender temporariamente todo o tráfego [de navios] através do Mar Vermelho”.
"Manteremos esta suspensão preventiva sob revisão contínua, sujeita às circunstâncias e à evolução da situação na região", salienta a BP.
Desta forma, a petrolífera segue as medidas anunciadas nos dias anteriores por grandes operadores marítimos como a dinamarquesa Maersk e a alemã Hapag-Lloyd, que paralisaram o tráfego dos seus navios porta-contentores através do Mar Vermelho.
De igual modo, o gigante dos transportes marítimos MSC anunciou a sua decisão de desviar o tráfego dos seus navios do Canal do Suez para leste e para oeste até que a passagem pelo Mar Vermelho seja segura.