O primeiro-ministro de Israel continua a dizer que vai até ao fim, recusa pausas na guerra contra o Hamas. O ministro do Património de Israel, Amichai Eliyahu, de extrema-direita, defendeu a ocupação total da Faixa de Gaza após o fim da guerra.
Para o Coronel José Henriques, se Israel tiver como objetivo anexar a Faixa de Gaza, “é grossa asneira”.
“Se Netanyahu tiver essa ideia é grossa asneira. Por dois motivos: primeiro porque não conta com o apoio do seu aliado tradicional, e diremos quase um protector, que são os Estados Unidos que já o afirmaram, que estão a pedir que abrande”.
O Coronel José Henriques menciona as táticas de guerra tanto de Israel - "os massacres que os Israelitas fazem" - como do Hamas “a combaterem entrincheirados dentro de um hospital, isto é um crime contra a humanidade, ultrapassa o crime de guerra”.
“Não há dúvida nenhuma que muitas vezes há um exacerbar de ação militar que é condenável, na minha opinião, por aquilo que causa junto das populações civis, sobretudo com os bombardeamentos aéreos indiscriminados”.
Outra questão com que Netanyahu se confronta, é a opinião pública israelita, uma vez que os bombardeamentos aéreos indiscriminados “podem conduzir a uma séria revolta dentro da própria população, não contra o Hamas, que é aquilo que se deseja no tipo de guerra que se está a fazer, mas contra os israelitas”.
“Quanto à forma de atuar dos homens do Hamas é clássico aquilo que se faz nestas situações e por este tipo de gente: escudos humanos, esconderem-se disseminados no meio da população e atuarem no meio da população com armas”.
“Autoridade Palestiniana é uma peça importante na resistência”
A ida à Cisjordânia do Conselheiro de Segurança dos Estados Unidos para reunir coma Autoridade Palestiniana, mostra a sua importância.
“A Autoridade Palestiniana é uma peça importante numa resistência que pode conduzir realmente a formação de uma força que é fundamental para a Autoridade Palestiniana ter”.
“Para a formação dos dois Estados, que é uma condição quanto a mim fundamental para o estabelecimento de paz na região, é necessário uma Autoridade Palestiniana reconhecida, forte e apoiada inclusivamente por Israel”
"O Irão, o regime dos aiatolas, é o perturbador continental"
O Coronel José Henrique sublinha ainda que “o grande problema do Médio Oriente reside na alimentação de tudo quanto são os proxys do Irão, que fazem o jogo do Irão”.
"O Irão, não é o pobre do povo iraniano, é o Irão do regime dos aiatolas, é o perturbador continental.
E esses são o inimigo a abater se nós quisermos paz no Médio Oriente. Eles manobram tudo, inclusivamente atos de pirataria no Mar Vermelho, com os Houthi, manobra tudo o Hezbollah, a resistência, a irmandade muçulmana, e esses ataque estão a aumentar de dia para dia".