Mundo

Zelensky está nos EUA para apelar à continuação do apoio militar à Ucrânia

O Presidente ucraniano chega aos Estados Unidos entre a espada e a parede, uma vez que sem o apoio norte-americano a Ucrânia dificilmente pode fazer frente ao poderio militar russo.

Pedro Miguel Costa

SIC Notícias

O Presidente da Ucrânia está, esta terça-feira, nos Estados Unidos para pedir a continuação do apoio militar à Ucrânia, numa altura em que o Partido Republicano está a bloquear um pacote financeiro de ajuda.

Zelensky chega aos Estados Unidos entre a espada e a parede, uma vez que sem o apoio norte-americano - o maior, de longe, entre os doadores -, a Ucrânia dificilmente pode fazer frente ao poderio militar russo.

Perante o bloqueio republicano no Congresso a um pacote que ronda os 100 mil milhões de euros de ajuda, não só para ucranianos, mas também para Israel, Zelensky não tem dúvidas: se o auxílio dos Estados Unidos cair, a Ucrânia também cai.

"Qualquer um de vós que tenha um filho ou uma filha numa zona de combate, não conseguiria entender se lhe dissessem que a proteção de vidas podia esperar porque há um pouco mais de debate. Deixem-me ser franco convosco, amigos, se há alguém inspirado por questões não resolvidas no Capitólio, é apenas Putin e o seu grupo doentio", disse o chefe de Estado ucraniano já em solo norte-americano.

De pouco importa que a Casa Branca queira dar tudo à Ucrânia, já que é no Congresso que os eleitos do Partido Republicano, fortemente influenciados por Donald Trump, bloqueiam o próximo pacote de ajuda aos ucranianos.

Zelensky enfrenta várias frentes de batalha não só nos Estados Unidos, mas também em Bruxelas, onde a Hungria se mantém firme em opor-se a todas as decisões importantes para Kiev. A semana que discute o futuro alargamento da União promete, por isso, ser longa e dura.

Sondagem revela apoio à adesão da Ucrânia à UE

Uma sondagem feita pelo Conselho Europeu das Relações Externas em seis Estados-membros da União Europeia revela um apoio considerável à adesão da Ucrânia. O apoio é maior na Dinamarca, já os austríacos, na sua maioria, são contra. Ainda assim, 45% dos mais de 6.100 inquiridos receiam que a adesão da Ucrânia tenha um impacto negativo na segurança da União Europeia.

Últimas