O Hamas diz que não liberta mais reféns enquanto não cessarem os combates. Adianta que já não há mulheres nem crianças em cativeiro, apenas apoiantes do exército israelita.
“A posição oficial e definitiva do Hamas e da resistência é que não haverá trocas até ao fim da agressão e a um cessar-fogo permanente”, diz Saleh Al-Arour do movimento islâmico.
O porta-voz acrescenta que o grupo disse, desde o início, “que os prisioneiros estrangeiros que chegaram a Gaza a 7 de outubro nunca foram alvos” e que estavam dispostos a libertá-los "sem nada em troca".
"De igual modo, as mulheres e crianças prisioneiras também não eram alvos e foram trazidas para Gaza devido a circunstâncias excecionais, pelo que estávamos dispostos a pôr fim a esta questão em troca do regresso das mulheres e crianças prisioneiras detidas sob a ocupação e em troca de um compromisso internacional que nem sequer deveria ter sido anexado à troca, para trazer ajuda ao nosso povo", explica.
O movimento garante que já devolveu todas as mulheres e crianças que tinha como prisioneiras.
"A ocupação insiste em que ainda há mulheres e crianças prisioneiras (em Gaza) O que tínhamos de mulheres e crianças foi trocado e, se havia outras, não temos conhecimentos delas e não temos capacidade para as contactar", confessa.
De acordo com o porta-voz, “tudo o que nos resta de prisioneiros em Gaza são soldados e homens civis que serviram no exército de ocupação”. Por essa razão, não haverá negociações para troca de prisioneiros "até ao fim da agressão".