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Netanyahu diz que não deixará Autoridade Palestiniana governar Gaza depois da guerra

Os Estados Unidos defenderam a unificação da Faixa de Gaza e da Cisjordânia sob o domínio da Autoridade Palestiniana, uma vez terminada a guerra, mas o primeiro-ministro israelita vai no sentido oposto.

Maya Alleruzzo

Lusa

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, assegurou este sábado que não permitirá que a Autoridade Palestiniana, que governa partes reduzidas da Cisjordânia ocupada, controle a Faixa de Gaza quando as tropas de Israel eliminarem o grupo islamita Hamas.

"Não cometerei o erro de permitir que a Autoridade Palestiniana governe em Gaza, seria o mesmo" que o Hamas, declarou Netanyahu numa conferência de imprensa transmitida pela televisão, em que defendeu "uma nova visão, uma mudança" no enclave palestiniano, que inclua "segurança e controlo israelita".

Os Estados Unidos, o principal aliado de Israel, defenderam a unificação da Faixa de Gaza e da Cisjordânia sob o domínio da Autoridade Palestiniana, uma vez terminada a guerra, mas Netanyahu afirmou que a Autoridade Palestiniana e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) palestiniano têm em comum "a ideologia que nega a existência de Israel".

A guerra que Israel trava contra o Hamas na Faixa de Gaza desde7 de outubro continuará até que "todos os seus objetivos sejam cumpridos", em especial a destruição do movimento islamita palestiniano, sublinhou hoje o chefe do Governo israelita.

"Não podemos atingir esses objetivos sem prosseguir as operações no terreno", que "foram essenciais para alcançar os resultados até agora", acrescentou.

Esta foi a sua primeira conferência de imprensa desde o fim, na sexta-feira de manhã, de uma trégua de uma semana entre Israel e o Hamas - para a libertação de reféns e de presos palestinianos em prisões israelitas e para a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza -- e a retomada das operações militares, em especial bombardeamentos, ao enclave palestiniano.

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