Javier Milei foi eleito o novo presidente da Argentina. O ultraliberal é apologista de armas, quer abolir o peso argentino e adotar o dólar como nova moeda.
Mas, afinal, quem é Milei, o economista que prefere "a máfia ao Estado"?
Assume-se como um “anarcocapitalista” e simpatizante de Donald Trump e de Bolsonaro. Tal como outros líderes radicais europeus, dirige-se aos "argentinos de bem", para garantir que vai fazer do país uma grande potência.
O tom provocatório é recorrente, e resumido numa frase que já usou duas vezes: "Se tivesse de escolher entre o Estado e a máfia, preferia a máfia, porque a máfia tem regras, a máfia cumpre, não mente e, sobretudo, a máfia compete. Pelo contrário, o Estado não admite competição, quer o monopólio da força, da emissão de dinheiro, quer o monopólio... São coisas que, posteriormente, nos prejudicam muito."
Entre as propostas que o levaram ao poder está a extinção de ministérios, o fim do peso argentino para introduzir o dólar americano. E não só.
Muitos apelidam Javier Milei de “O Louco”, da oposição até surgem preocupações com a estabilidade emocional do novo presidente argentino.
Nascido na década de 70, num bairro de classe média de Buenos Aires, na capital argentina. Milei sofreu uma infãncia de abuso, na escola e em casa.
Depois de uma carreira de professor e no setor bancário, o ultraliberal começou a ganhar fama como comentador televisivo não demorou até que se tornasse viral nas redes sociais.
As opiniões controversas deram que falar o discurso antissistema seduziu milhões de argentinos no limiar de pobreza.