Israel abriu na manhã desta segunda-feira um corredor humanitário para a fuga de civis do norte para o sul de Gaza, mas continua a rejeitar um cessar-fogo para que seja possível levar ajuda à população palestiniana.
“O norte da Faixa de Gaza é uma zona de guerra, uma zona muito perigosa. A organização terrorista criminosa Hamas está a usar-vos como escudos humanos. Desloquem-se para sul do Wadi Gaza. Estamos a facilitar a chegada de ajuda humanitária à zona do sul de Wadi Gaza”, disse o coordenador do exército israelita em Gaza.
Muitas famílias sublinham que não há lugares seguros porque Israel está a atacar também hospitais, abrigos e campos de refugiados.
“Não consigo esquecer quando vi a nossa casa toda destruída e arrasada. O lugar onde costumávamos sentir conforto e segurança desapareceu num segundo. Viemos para aqui na esperança de encontrar segurança e proteção, mas isso não existe. Quando estamos a dormir, ouvimos foguetes por cima de nós. A segurança desapareceu. (...) Sobrevivemos à morte para voltarmos a encontrar a morte, e isto é algo que um ser humano não consegue compreender”, lamentou Minna al-Qassas, de 18 anos.
Nas últimas horas, a OMS, a UNICEF e mais 16 agências da ONU voltaram a pedir um cessar-fogo imediato, que permita a entrada de medicamentos, mas também de combustível, água e comida em Gaza.
Numa ação coordenada com Israel, a Jordânia começou a lançar ajuda humanitária sobre Gaza.