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"Preciso que o meu filho volte a casa”: famílias de reféns fazem vigília em Telavive

Os familiares e amigos de muitos reféns mantêm a esperança, mas garantem que faltam respostas, sobretudo depois do início da nova ofensiva militar israelita no norte de Gaza.

Catarina Coutinho

SIC Notícias

Benjamim Netanyahu aceitou encontrar-se com os familiares dos reféns do Hamas, que exigiram respostas do primeiro-ministro israelita numa vigília em Telavive. O Hamas exige a libertação de todos os prisioneiros palestinianos para libertar os reféns que detêm desde dia 7 deste mês.

Em Telavive, várias famílias dos reféns fizeram uma vigília. Shai Wenkert, pai de uma das muitas pessoas que permanecem em cativeiro, segurava uma fotografia do filho enquanto pedia, visivelmente emocionado, a sua libertação: “Não consigo esperar mais. Preciso que o meu filho volte a casa”.

Os familiares e amigos que estiveram presentes mantêm a esperança, mas referiram que faltam respostas, sobretudo depois do início da nova ofensiva militar israelita no norte de Gaza.

Benjamin Netanyahu respondeu ao apelo e antes de dar uma conferência de imprensa, a primeira desde o início do conflito, encontrou-se com representantes das famílias. Disse que vai "utilizar e esgotar todas as possibilidades para os trazer os reféns para casa".

Qatar pode ter papel decisivo

No passado, o Qatar teve um papel decisivo em negociações no Médio Oriente e agora tem mediado o conflito em Gaza, tendo já ajudado a libertar quatro mulheres. Agora, continua empenhado em conseguir o mesmo para todos os reféns.

Para que isso aconteça o Hamas exige a libertação de todos os prisioneiros palestinianos - cerca de 6 mil pessoas. O porta-voz das Brigadas al-Qasam, citado pela agência de notícias France-Presse, disse que "o inimigo bloqueou o acordo".

Representantes do Hamas estiveram em Moscovo

Uma comitiva do Hamas foi recebida em Moscovo, segundo a agência estatal russa, a pedido da Rússia que estará a tentar localizar oito reféns com dupla nacionalidade: russa e israelita. O grupo tem uma lista de nomes e diz que assim que os encontrar, vai libertá-los.

Esta semana, o Hamas disse que, pelos menos, 50 reféns morreram, mas Israel garante que esta declaração não passa de propaganda.

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