A Assembleia Geral das Nações Unidas esteve esta quinta-feira reunida de emergência para analisar o conflito entre Israel e o Hamas. Os representantes diplomáticos de Israel e da Palestina apresentaram duas visões antagónicas do conflito.
Um dia depois de ter reiterado o pedido de demissão do Secretário-Geral das Nações Unidas, o embaixador israelita na ONU, mostrou-se indisponível para acolher a ideia de um cessar-fogo e rejeitou a acusação de que Israel esteja a atuar em Gaza em desrespeito pela vida de civis.
Num discurso de 30 minutos e com recurso a descrições e imagens chocantes, o diplomata voltou a comparar as atrocidades cometidas pelo Hamas a 7 de outubro com o Holocausto.
"Israel não está em guerra com os seres humanos. Estamos em guerra com monstros", afirmou Gilad Erdans, antes de apresentar imagens a todos os presentes.
Israel diz que o conflito que está a travar é contra o Hamas e não contra os palestinianos. O embaixador da Palestina nas Nações Unidas aponta para números que diz contarem outra história e acusa Israel de crimes de guerra.
Além da reunião de emergência nas Nações Unidas, esta quinta-feira ficou também marcada por outras movimentações diplomáticas.
Uma das mais relevantes foi a da deslocação a Moscovo de uma delegação do Hamas e também do Irão. Os encontros foram confirmados pela porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros mas sem que fosse revelado com quem é que os representantes do Hamas se reuniram.