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“Quem trouxesse para Gaza um refém, recebia 10.000 dólares e um apartamento”

As autoridades israelitas interrogaram seis homens que terão estado envolvidos no massacre levado a cabo pelo Hamas a 7 de outubro. Uma das revelações prende-se com as recompensas prometidas aos militantes pelo movimento radical islâmico.

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André de Jesus

A polícia e os serviços de informação israelitas interrogaram seis detidos que terão estado envolvidos no massacre levado a cabo pelo Hamas no passado dia 7 de outubro, em Israel. Imagens de partes dos interrogatórios foram entretanto divulgadas e apresentam várias revelações.

Segundo as declarações dos detidos, citadas pelo Jerusalem Post, os militantes do Hamas receberam instruções explícitas para matar e raptar civis, incluindo idosos, mulheres e crianças, com as chefias a ficarem na retaguarda, em Gaza.

“Quem trouxesse [para Gaza] um refém, recebia 10.000 dólares e um apartamento”, contou um dos detidos, a propósito das recompensas prometidas pelo Hamas.

Os militantes interrogados revelaram também que não tinham quaisquer indicações para distinguir entre soldados e civis, tendo um deles respondido afirmativamente quando questionado se civis foram usados como escudos humanos.

“Quando entrei na cidade [o Kibbutz de Be'eri], vi dois [militantes] numa mota. Levavam com eles uma mulher, raptada. Teria cerca de 60, 65 anos. Iam para Gaza”, disse um dos detidos.

Segundo o Jerusalem Post, no vídeo são ainda descritos outros métodos de intimidação usados pelo Hamas, como o recurso a fumo para invadir casas ou disparos contra animais de estimação.

No final, cada um dos militantes é confrontado com a pergunta: “O que fizeram é permitido, segundo o Islão?”, questão à qual todos deram a mesma resposta: “Não. O Islão não permite o assassínio de mulheres e crianças”.

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