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Protestos Pró-Palestina exigem fim do apoio de Paris em Israel

Cerca de 4 mil pessoas protestaram na capital francesa e exigiram fim do apoio de Paris a Israel. Forte dispositivo policial mobilizado nas ruas.

Guilherme Monteiro

Macron falou, nesta sexta-feira, por videochamada com as famílias dos sete franceses desaparecidos, numa altura em que ainda não sabe ao certo quando vai o Presidente francês visitar o Médio Oriente. As tensões internas podem estar a condicionar a visita a Israel.

Cerca 4 mil pessoas vieram ao centro de Paris e não se ouviram palavras nada suaves, nem sobre Israel, nem sobre Macron.

“Israel, assassino! Macron, cúmplice!”, ouviu-se nas ruas.

Para estes manifestantes não haverá nada que os demova de que o ataque ao hospital em Gaza foi culpa de Israel.

O receio de elementos radicais levou o executivo a mobilizar um forte dispositivo policial. Esta manifestação estava proibida, mas acabou por ser o primeiro protesto Pro-Palestina permitido em França, não por vontade do Governo, mas da justiça, que levantou a interdição.

Uma parte dos apoiantes Pro-Palestina são muçulmanos e a França tem a maior comunidade islâmica da Europa, mas tem ao mesmo tempo a maior comunidade judaica do continente. Talvez por isso, Macron já assumiu riscos de divisões internas, devido ao conflito do Médio Oriente esteja a ponderar com cuidado a visita presidencial à região, que pode acontecer nos próximos dias.

Quando for, Macron quererá agradar a uns e a outros, ou seja, mostrar solidariedade com Israel, mas também sensibilidade para a causa palestiniana.

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