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Seca extrema na Amazónia: várias regiões decretam estado de calamidade e emergência

A ajuda está a começar a chegar aos poucos, com o recurso a tratores que trazem água potável, comida e medicamentos para as comunidades.

Teresa Canto Noronha

A seca extrema que está a atingir a Amazónia isolou dezenas de comunidades indígenas que estão, agora, a receber ajuda alimentar e medicamentos.

O que antes era água, agora é areia. Os leitos dos rios secaram e estão a deixar milhares de pessoas isoladas.

A ajuda está a começar a chegar aos poucos, com o recurso a tratores, que agora circulam onde, até há poucas semanas, só se viam barcos. Trazem água potável, comida e medicamentos para as comunidades que vivem na maior floresta tropical do mundo, atingida por uma seca sem precedentes.

A seca extrema já levou 60 das 62 províncias do norte do Amazonas a decretarem o estado de calamidade e emergência.

Mas a falta de água não afeta só a navegabilidade da região, como também está a começar a ter efeitos na saúde dos que ali vivem e traz, também, incêndios que estão a deixar milhares de quilómetros quadrados cobertos por uma densa nuvem de fumo.

Em Manaus, a capital do estado, o ar é irrespirável e as autoridades pedem à população que se proteja. As pessoas só devem andar na rua se for mesmo preciso e, em casa, as janelas devem estar bem fechadas.

O Governo local diz que muitos dos fogos são de origem criminosa, provocados por quem quer destruir a floresta tropical para usar os terrenos para a agricultura, mas que o calor intenso os faz propagar e torna o combate às chamas, ainda mais difícil.

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