A SIC falou com uma portuguesa que conseguiu embarcar no sábado com as três filhas, depois do ataque do Hamas. Hannah Eyal, que vivia em Israel há 10 anos, aterrou no Porto após 30 horas de uma viagem para fugir à guerra.
Hannah Eyal vivia com o marido e as duas filhas numa cidade israelita próxima da Cisjordânia, quando se apercebeu que aquele não era um sábado igual aos outros.
“Um barulho que eu achei que era vento, em alguns segundos percebi rapidamente que era uma sirene. Tivemos que correr. À chegada à sinagoga toda a gente estava já dentro do bunker, por isso rapidamente percebi que a situação era muito mais do que os rockets a que nós estamos habituados”, conta Hannah Eyal.
Agindo sob instinto de sobrevivência, fez a mochila para partir nesse mesmo dia com as três filhas.
“Desta vez provavelmente a opção de sair tem de ser imediata, porque eu consegui logo imaginar que isto estava a escalar”, acrescenta.
Ansiosa por comprar um voo de última hora para a Europa, conseguiu aterrar no Porto no domingo à noite, depois de uma viagem com três escalas e está agora a viver em casa dos pais.
À SIC contou que pedir ajuda à Embaixada de Portugal estava fora de questão, na medida em que não há muito contacto entre portugueses e embaixada.
De figo Maduro já partiu esta segunda-feira um avião militar da Força Aérea para um voo de repatriamento, que vai transportar mais de 150 pessoas entre Telavive, a capital de Israel, e Larnaca, em Chipre.
Os cidadãos viajam depois para Lisboa num voo TAP fretado pelo Estado português.