A Coreia do Sul recebe esta terça-feira altos diplomatas chineses e japoneses, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Seul referindo-se ao encontro entre os representantes de Seul, Pequim e Tóquio, considerado pouco habitual.
Os representantes diplomáticos vão examinar várias formas de reforçar os laços de cooperação e discutir a possibilidade de restabelecer uma cimeira ao mais alto nível entre a República Popular da China, o Japão e a Coreia do Sul.
A última cimeira entre os três Estados realizou-se em 2019 em Chengdu, no oeste da República Popular da China.
Estas conversações tripartidas são encaradas como uma tentativa de acalmar as preocupações de Pequim relativamente à aproximação entre Washington, Tóquio e Seul.
Perante a ameaça nuclear norte-coreana, a Coreia do Sul, liderada por Yoon Suk Yeol, um político conservador que defende uma posição de força em relação a Pyongyang e intensificou a cooperação militar com os Estados Unidos.
Simultaneamente, aproximou-se do Japão, depois de as suas relações terem sido prejudicadas por antigas disputas herdadas do período em que a península sul-coreana esteve sob o domínio colonial japonês, até 1945.
Entretanto, Tóquio, Seul e Washington têm organizado exercícios militares conjuntos, provocando os protestos de Pyongyang.
Em agosto, durante uma cimeira em Camp David, perto de Washington, Estados Unidos, em que participaram os líderes japonês e sul-coreano, juntamente com o chefe de Estado norte-americano Joe Biden, Yoon descreveu a reunião como a abertura de um "novo capítulo" nas relações entre os três países.
Pequim, o maior parceiro comercial de Seul, é também o principal aliado de Pyongyang.