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Guerra civil no Sudão já matou 1200 crianças, alerta a ONU e a UNICEF

A UNICEF e o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados pedem o fim dos combates, que já mataram pelo menos 1200 crianças e estão a colocar em risco milhares de vidas.

Vítor Lopes

Para além das habituais condições de pobreza extrema, o Sudão, que está em guerra civil desde abril, vive atualmente um dos períodos mais trágicos, tendo já registado pelo menos 1200 mortes de crianças desde maio.

A luta entre o exército do Sudão e o grupo paramilitar RSF dura há quase seis meses, tendo já provocado milhares de refugiados e uma crise humanitária.

“Mais de 1.200 crianças refugiadas, com menos de cinco anos, morreram em nove campos no período entre 15 de Maio e 14 de Setembro. Foi neste período que também vimos mais de 500 casos suspeitos de cólera em outras partes do país", afirma o chefe de Saúde Pública das Nações Unidas, Allen Maina.

Faltam cuidados básicos de saúde e higiene e as instituições avisam que, sem esta assistência médica, estes números podem vir a acrescer nos próximos meses.

"Apoiada num cruel desrespeito pelos civis e em ataques implacáveis às instalações de saúde, a UNICEF teme que muitos milhares de recém-nascidos morram até ao final do ano.

333.000 crianças nascerão no Sudão entre outubro e dezembro. Eles e as suas as mães, como ouviram, precisam de cuidados de parto qualificados, num país onde milhões estão presos, milhões não têm acesso a esses serviços básicos de saúde e, claro, há uma grave escassez de material médico, esses cuidados estão a tornar-se cada vez menos provavelmente a cada dia", defende o porta-voz da UNICEF, James Elder.

A UNICEF e o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados pedem o fim dos combates, que já mataram pelo menos 1200 crianças e estão a colocar em risco milhares de vidas.

Para além dos combates, faltam recursos e a ONU diz que são preciso quase 800 milhões de euros para ajudar esta pessoas.

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