O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, exigiu na terça-feira que o Azerbaijão termine com as ações militares na região de Nagorno-Karabakh, acusando o governo azeri de colocar em risco a paz com a Arménia.
"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com as ações militares do Azerbaijão em Nagorno-Karabakh e instam o país a cessar imediatamente tais ações", frisou Blinken, citado pelo Departamento de Estado norte-americano.
O governante manteve esta terça-feira uma conversa telefónica com o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, a quem expressou total apoio pela "soberania, independência e integridade territorial da Arménia".
Blinken também falou com o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, instando as forças azeri a "cessar imediatamente as ações militares" e "a acalmar a situação".
O Exército do Azerbaijão afirmou ter tomado mais de 60 posições arménias na ofensiva desta terça-feira em Nagorno-Karabakh, região disputada com a Arménia há décadas, enquanto se multiplicam apelos internacionais ao fim dos confrontos armados.
Os separatistas de Nagorno-Karabakh declararam que os combates deixaram pelo menos 27 mortos, incluindo dois civis, e mais de 200 feridos nesta região, onde os cerca de 7.000 residentes de 16 localidades foram retirados.
Pelo seu lado, o Azerbaijão informou que dois civis morreram em áreas sob o seu controlo.
O chefe da diplomacia norte-americana realçou que esta operação pode estar a "piorar a já crítica situação humanitária" na região e a "desperdiçar as possibilidades de paz".
"Como já avisamos o Azerbaijão, o uso da força para resolver disputas é inaceitável e vai contra as tentativas de criar as condições para uma paz justa", sublinhou.