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Mais de 200 pessoas resgatadas de trabalho escravo na Amazónia

Nos resgatados estavam crianças que trabalhavam sem horário fixo ou equipamento de segurança adequado e eram obrigados a viver em condições de sobrelotação, insalubridade e precariedade.

SIC Notícias

Lusa

As autoridades brasileiras resgataram 225 pessoas que trabalhavam em condições semelhantes à escravatura em fazendas no estado amazónico do Pará, revelaram este sábado fontes oficiais, citadas pela EFECOM.

Os resgatados - incluindo um menor de idade - trabalhavam sem horário fixo ou equipamento de segurança adequado e eram obrigados a viver em condições de sobrelotação, insalubridade e precariedade.

As ações, realizadas pela Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho e Superintendência Regional do Trabalho, ocorreram na semana passada em cinco fazendas localizadas nos municípios de Capitão Poço, Garrafão do Norte, Tomé Açu e Terra Alta.

As pessoas resgatadas trabalhavam ilegalmente em plantações de açaí (palmeira muito comum da Amazónia), dendê (palmeira de origem africana) e soja.

De acordo com a Polícia Federal, o jovem de 15 anos "foi imediatamente afastado das atividades" e estão a ser tomadas medidas para "garantir a reparação de seus direitos".

Os outros trabalhadores também estão a receber assistência para garantir a indemnização devida.

O trabalho escravo é um drama frequente em muitas fazendas brasileiras, conforme admitem as próprias autoridades locais.

De acordo com dados oficiais, o Brasil resgatou 2.575 trabalhadores em condições análogas à escravatura no ano passado em várias operações de fiscalização, um aumento de 31% em relação a 2021.

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