A guerra no Sudão começou em abril e os combates continuam a forçar milhares de sudaneses a fugirem. As Nações Unidas dizem que o conflito já fez com que mais de 3 milhões e 400 mil pessoas se tornassem deslocados internos. Ou seja, forçados a mudarem de aldeia, ou cidade, para escaparem à luta entre as duas fações que disputam o poder no Sudão.
Outro milhão, passou as fronteiras, na sua maioria para o Egito e para o Chade. São, sobretudo, mulheres e crianças, que vivem em campos improvisados onde vão em busca de segurança e, acima de tudo, de comida. A fome e as doenças associadas à malnutrição, são a principal causa de morte entre os mais novos.
A ONU insiste na necessidade dos países doadores aumentarem a ajuda enviada para a região, urgentemente, sob pena do número de mortes, entre a população com menos de 5 anos, continuar a crescer.
Por outro lado, é preciso garantir apoio médico a estas mulheres que, tal como os filhos, também estão mal nutridas e que, em muitos casos, já estão doentes.
Em abril, os rebeldes das Forças de Suporte Rápidas atacaram as bases das Forças Armadas Sudanesas em todo o país. Os maiores confrontos continuam a acontecer na capital, Cartum, e nas grandes cidades.
Mas, no resto do Sudão, a luta está a transformar-se, novamente, numa questão étnica, com ataques sistemáticos às minorias que não têm alternativa senão fugirem.
A guerra civil já matou, pelo menos, 4 mil pessoas.