Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump, chegou este sábado a acordo com a empresa do ex-Presidente dos Estados Unidos para evitar um julgamento pelo pagamento de custas judiciais que alegadamente lhe foram prometidas e não pagas.
O advogado, que durante anos foi um colaborador próximo do magnata republicano, tinha processado a Trump Organization em 2019 e o caso iria a julgamento na próxima segunda-feira, noticiaram vários órgãos de comunicação social norte-americanos.
Mas as duas partes alcançaram este sábado um acordo 'in extremis' que comunicaram ao juiz para resolver o processo, sem que tenham sido revelados os termos.
O advogado destacou este sábado que o assunto "foi resolvido de forma satisfatória para todas as partes". Por outro lado, a Trump Organization não respondeu a pedidos de reação.
Cohen acusou a empresa de violar um acordo que tinham alcançado para cobrir os seus custos legais em tribunal em casos relacionados com Trump.
Segundo o ex-advogado, a empresa inicialmente cumpriu o acordo, mas deixou de pagar estas despesas assim que este passou a colaborar com os investigadores. Ao todo, Cohen afirmou que a Trump Organization se recusou a pagar mais de 1 milhão de dólares em honorários.
Cohen declarou-se culpado de várias acusações em 2018 relacionadas com o ex-Presidente e foi condenado a três anos de prisão, tornando-se posteriormente uma testemunha-chave em outros casos contra Trump.
Esses casos incluíram aquele que mais tarde levou a um processo em Nova Iorque por falsificação de documentos relacionados ao pagamento de dinheiro a mulheres em troca do seu silêncio sobre supostas relações extraconjugais com o político republicano.
Em abril, Trump avançou com um processo contra Cohen em Miami, por causar "grandes danos à sua reputação" e exigiu 500 milhões de dólares de indemnização.