Em algumas regiões do Japão, e principalmente da Coreia do Sul, há uma corrida aos supermercados para comprar sal marinho, algas e outros produtos. As autoridades japonesas anunciaram que vão despejar, no mar, quase um milhão de toneladas de água armazenada na central nuclear de Fukushima.
O Japão garante que a água foi limpa e é segura. No entanto, as pessoas estão assustadas, sobretudo na vizinha Coreia do Sul, onde a corrida aos supermercados fez com o preço do sal subisse quase 30% em poucos dias.
Lee Young-Min, por exemplo, comprou todo o sal e algas que encontrou nos supermercados. Como a maioria dos sul-coreanos, tem receio do que poderá acontecer aos produtos vindos do mar, depois do anunciado despejo da água da central nuclear japonesa.
“Se tivesse mais espaço, tinha comprado mais. Quero dar aos meus filhos algo mais seguro. Considerei comprar um novo frigorífico”, revela Lee, mãe de duas crianças.
Governo sul-coreano anuncia medidas
O governo de Seul já garantiu apoios às salinas, de modo a aumentarem a produção. O executivo também diz que vai monitorizar todas as atividades ligadas ao mar, com análises constantes para avaliar se há algum aumento nos níveis de radioatividade.
A Coreia do Sul proibiu a importação de peixe e marisco apanhados ao largo da costa leste do Japão, perto da central nuclear de Fukushima.
A China também já criticou o despejo da água que foi usada para arrefecer os reatores e que esteve, até agora, guardada em tanques.
O acidente na central aconteceu em 2011, depois de um terramoto que provocou um tsunami. O governo japonês não disse, exatamente, quando vai derramar a água no Oceano Pacífico.