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Detido cabecilha de rede criminosa poderosa que raptava migrantes

Uma das maiores redes de tráfico de migrantes tinha na internet preços, rotas e vídeos. A polícia infiltrou-se na organização e deteve 11 pessoas, incluindo Anderson, o líder. Milhares de pessoas arriscam atravessar a fronteira entre a Colômbia e o Panamá, uma das rotas mais perigosas.

SIC Notícias

As imagens do último acampamento organizado pelos traficantes na fronteira entre o Panamá e a Colômbia são impressionantes: quase dois mil migrantes fazem a pé o caminho até à Nicarágua.

Só este ano, mais de 100 mil pessoas atravessaram a fronteira entre a Colômbia e o Panamá por uma das rotas de migrantes mais perigosas do Mundo.

Atravessar a Floresta da Morte para sobreviver

Cobras, Malária, Zika e as fortes correntes dos rios fazem com que esta seja chamada a Floresta da Morte, com o testemunhou a reportagem da TV2 Dinamarca.

Homens, mulheres e crianças arriscam a vida para chegar aos Estados Unidos. Fogem da pobreza e dos conflitos. Os adultos sonham com a segurança, os mais pequenos sonham com coisas simples como doces.

Viagens gravadas e enviadas ao cabecilha

O grupo de migrantes que atravessa o Darién a caminho dos EUA é encaminhado por um “passador”, que grava o percurso e envia as gravações para o patrão. Os vídeos são depois publicados nas redes, para publicitar as rotas e os preços.

Anderson é dono da poderosa rede de tráfico de migrantes que ele próprio promove nas redes sociais, descobriu a polícia quando se infiltrou na rede que controlava o tráfico de migrantes na Colômbia.

Raptados e feitos prisioneiros

A organização tratava também dos documentos falsos para entregar aos migrantes. Quem não pagava era raptado e feito prisioneiro num pequeno apartamento do líder da organização em Medellín.

A polícia conseguiu capturar 11 pessoas em várias cidades. Fazem, alegadamente, parte da organização criminosa transnacional. Também o cabecilha foi detido, pela segunda vez, pelo mesmo crime.


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