Arnolfo Teves Jr. chegou a Díli a 27 de abril com "cerca de 15 pessoas", incluindo vários membros da família que considera estarem igualmente sob ameaça, e, a 03 de maio apresentou o pedido de asilo político às autoridades, que foi recusado, tendo-lhe sido dado cinco dias para sair do país.
"Se pudesse enviar uma mensagem ao Presidente, Ramos-Horta, ao primeiro-ministro ou a outras pessoas no poder aqui, dizia: apelo-vos, preciso da vossa ajuda porque eles querem mesmo matar-me", disse Teves, em entrevista à Lusa em Díli.
"Preferia nadar e morrer no mar aqui, do que ser morto a tiro nas Filipinas e acho que o Governo timorense não permitirá um filipino ser morto no seu próprio pais. Os timorenses são gente boa", afirmou.
Recorreu da decisão e nesta quarta-feira as autoridades timorenses comunicaram a rejeição de novo, pelo que tem agora 15 dias para recorrer aos tribunais nacionais, devendo apresentar na próxima semana o pedido.
Teves explicou à Lusa ter recebido informação das Filipinas de que terá sido formalmente acusado de alguns crimes, explicando que não tem ainda dados concretos, rejeitando a tentativa das autoridades do país o classificarem como terrorista, como anunciou o Governo.
"Como podes determinar que alguém é terrorista sem sequer ser acusado de um crime? Aqui vemos a perseguição política. Chamaram-me mentor de um crime, depois um terrorista, sem um processo de investigação correto", afirmou.
Na semana passada o Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr. agradeceu a Timor-Leste por ter negado o pedido de asilo político de Teves, considerando que essa decisão torna mais fácil para as autoridades filipinas trazer o deputado suspenso de volta para casa.