Guerra Rússia-Ucrânia

Londres chama embaixador russo para esclarecimentos após violação do espaço aéreo da NATO na Polónia e Roménia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico considera "completamente inaceitáveis" as violações "graves e sem precedentes" do espaço aéreo da NATO na Polónia e Roménia.

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SIC Notícias

Lusa

O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico (FCDO) chamou esta segunda-feira o embaixador russo em Londres para esclarecimentos sobre as recentes violações do espaço aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) na Polónia e na Roménia.

"Violações graves e sem precedentes do espaço aéreo polaco e da NATO por 'drones' russos na passada semana -- seguidas por incursões no espaço aéreo romeno no sábado -- são completamente inaceitáveis. O Reino Unido está com a Polónia, a Roménia e os aliados da NATO na condenação sem quaisquer reservas destas ações irresponsáveis", disse um porta-voz.

Segundo a mesma fonte, a "Rússia tem de perceber que as suas contínuas agressões apenas fortalecem a unidade da Aliança e a sua determinação em estar do lado da Ucrânia. Outras incursões vão, novamente, ser resolvidas com o emprego de força. A Rússia tem de acabar com a sua guerra ilegal na Ucrânia".

"A defesa da Ucrânia contra a agressão de Putin (presidente russo) é essencial para a segurança de toda a Europa, incluindo o Reino Unido, à medida que o nosso continente enfrenta a chocante expansão do comportamento descuidado da Rússia", disse ainda.

Depois da entrada de um 'drone' russo no espaço aéreo da Roménia, a defesa romena enviou na noite de sábado dois aviões de caça, F-16, para verificar a situação.

Na quarta-feira, a Rússia lançou mais de 450 drones e mísseis contra a Ucrânia, que Moscovo invadiu em fevereiro de 2022.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, indicou que 19 destas aeronaves não tripuladas violaram o espaço aéreo da Polónia, membro da NATO e da União Europeia. Três 'drones' foram abatidos com a ajuda de 'caças' furtivos F-35 da força aérea dos Países Baixos.

O Ministério da Defesa russo garantiu que "não havia qualquer intenção de atacar alvos em território polaco".

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