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Conflito no Sudão pode levar 2,5 milhões de pessoas a sofrer desnutrição grave

A eventual continuação do conflito no Sudão pode levar até mais 2,5 milhões de pessoas a sofrer de desnutrição aguda, elevando o total para 19 milhões em seis meses, alertou nesta sexta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU).

Retrato do conflito que se desenrola no Sudão.
Marwan Ali

Lusa

SIC Notícias

Os estados que sofrerão maior insegurança alimentar nos próximos meses são Darfur Ocidental, Cordofão Ocidental, Nilo Azul, Mar Vermelho e Darfur do Norte.

"O Programa Mundial de Alimentos prevê que o número de pessoas com desnutrição aguda aumentará para entre dois e 2,5 milhões, elevando o número total para 19 milhões nos próximos três a seis meses se o conflito continuar", disse Farhan Haq, um dos porta-vozes do secretário-geral da ONU, António Guterres.

"Por sua vez, a agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) e parceiros anunciaram que são necessário 445 milhões de dólares (412,7 milhões de euros) para apoiar um fluxo estimado de saída de 860.000 refugiados e repatriados do Sudão em cinco países afetados pela emergência", disse ainda Haq.

A agência insta os países vizinhos a manterem as suas fronteiras abertas para os que fogem da violência e instou todos os Estados a permitirem aos civis que fogem do Sudão acesso não discriminatório aos seus territórios e a suspenderem retornos forçados ao Sudão, inclusive de pessoas que já tiveram pedidos de asilo rejeitados.

Segundo a ONU, pelo menos 335.000 foram deslocadas e 115.000 forçadas ao exílio devido ao conflito.

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