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EUA pedem moderação à China, mas exercícios militares continuam em Taiwan

Pelo segundo dia consecutivo, a China está a fazer exercícios militares no estreito de Taiwan. A questão da autonomia da ilha é o ponto mais sensível das relações diplomáticas entre Pequim e Washington, que já apelou à moderação da China.

Johnson Lai/AP

SIC Notícias

Pelo segundo dia consecutivo, a China está a fazer exercícios militares no estreito de Taiwan. As manobras navais e aéreas, a que Pequim chama um “sério aviso”, têm como objetivo simular um cerco à ilha autónoma. Estão também a ser treinados ataques de precisão contra alvos estratégicos.

As autoridades de Taiwan dizem ter detetado 58 aeronaves e nove navios de guerra chineses à volta da ilha. Os exercícios terminam amanhã, dia em que a China já disse que vai usar fogo real.

Estes exercícios surgem depois de a Presidente de Taiwan se ter encontrado com o líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. A China diz que nenhum país deve ter laços oficiais com Pequim e Taipé ao mesmo tempo. Além quer voltar a controlar Taiwan e não exclui o uso de força.

Já os Estados Unidos pedem moderação à China. A questão da autonomia da ilha é o ponto mais sensível das relações diplomáticas entre Washington e Pequim.

Os Estados Unidos cortaram oficialmente as relações diplomáticas com Taiwan, em 1979, a favor da China mas fornecem apoio militar substancial à ilha ao abrigo de um acordo.

Atentos às manobras de pressão de Pequim, os EUA dizem ter recursos e capacidades suficientes para garantir a paz e a estabilidade na região.

Mais. Washington considera que qualquer ação unilateral da China contra Taiwan representa um perigo para a estabilidade global. Recorde-se que, metade do tráfego comercial de todo o mundo passa diariamente pelo estreito.

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