Espanha está a debater o recurso a barrigas de aluguer depois de Ana Obregón, uma atriz famosa e apresentadora de 68 anos, ter recorrido a este método nos EUA. O procedimento é ilegal em quase toda a União Europeia, incluindo Espanha e Portugal.
Ana Obregón perdeu o filho biológico, Aless, devido ao cancro. Três anos depois é capa da revista Hola com uma filha nos braços.
Ana não falou ainda sobre o assunto, mas publicou nas redes sociais frases como "não voltarei a estar sozinha" ou "fez-se luz na minha escuridão".
Sem confirmação da própria, Espanha debate o facto de Ana Obregón ser mãe aos 68 anos com recurso a uma barriga de aluguer.
Vários elementos do Governo já reagiram com desagrado a uma prática ilegal em Espanha.
Dizem que as gravidezes de substituição são também imorais, porque exploram a pobreza das mulheres que vendem o útero por necessidade para terem filhos para pessoas ricas.
As Nações Unidas dizem sobre as barrigas de aluguer, que o procedimento não passa da venda de crianças sob a capa dos direitos humanos.
Quem defende as gravidezes de substituição lembra que são uma forma de permitir a maternidade e paternidade a casais inférteis, homens e mulheres sozinhos, casais homossexuais e pessoas trans.
O caso de Ana Obregón tem mais uma camada de complexidade, porque a filha pode ser afinal neta e ter sido concebida com o esperma do filho de Ana, congelado antes da morte de Alesss há três anos anos.