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Protestos em França: Louvre bloqueado e invadido por central sindical

A manifestação na entrada do Louvre, que chegou a invadir por momentos o interior do museu, foi justificada pelos sindicatos como uma iniciativa da mobilização contínua dos trabalhadores da cultura contra a reforma das pensões.

SIC Notícias

O Presidente francês Emmanuel Macron prepara-se para enfrentar a décima jornada de mobilização nacional contra a reforma das pensões. Para amanhã estão marcadas greves, bloqueios e centenas de manifestações.

Em antecipação ao dia de protesto geral marcado para esta terça-feira, o Louvre, o museu mais visitado do mundo, foi fechado por um bloqueio organizado por uma central sindical.

A manifestação na entrada da pirâmide do Louvre, que chegou a invadir por momentos o interior do museu, foi justificada pelos sindicatos como uma iniciativa da mobilização contínua dos trabalhadores da cultura contra a reforma das pensões.

O protesto apanhou de surpresa os visitantes.

A décima jornada de mobilização contra o aumento da idade da reforma promete ser mais uma provação para o Presidente francês que, apesar de estar a tentar mostrar-se mais dialogante, não dá outros sinais de cedência.

Além das marchas, das greves e dos bloqueios pacíficos, as autoridades francesas temem sobretudo a violência que marcou os últimos protestos.

O ministro do Interior anunciou um reforço da presença das forças de segurança que classificou como inédito. Só para Paris foram mobilizados cinco mil e 500 polícias.

Os manifestantes exigem a demissão do Presidente Emmanuel Macron e a reposição da idade da reforma. Por outro lado, Macron não quer desistir da reforma do sistema de pensões, que é uma das mais importantes do seu mandato. Não se sabe como o Presidente francês irá resolver o problema das manifestações violentas que têm marcado a atualidade nas últimas semanas.

Macron chegou a comparar os protestos em França com o ataque ao Capitólio, nos Estados Unidos, e com a invasão da praça dos três poderes, no Brasil.

Os sindicatos pretendiam que os protestos coincidissem com a visita do Rei britânico, Carlos III, ao país, mas esta foi adiada.

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