A visita do Rei Carlos III a França foi adiada e seria a primeira do novo monarca britânico ao estrangeiro. Em Bruxelas, Macron repetiu que não vai ceder aos protestos contra a lei das reformas.
O Presidente francês Emmanuel Macron condenou os distúrbios no decurso dos protestos contra a reforma das pensões, considerando que "a violência não tem lugar na democracia".
Mais uma vez, Paris acordou com estragos dos protestos violentos da véspera. As palavras de ordem escritas por toda a cidade, montras e mobiliário urbano destruído, caixotes incendiados e lixo por recolher.
Emmanuel Macron está a ser criticado por uma certa inflexibilidade na gestão política da nova lei aprovada por decreto sem passar pela Assembleia Nacional.
Após o Conselho Europeu em Bruxelas, Macron reafirmou que não vai ceder às reivindicações, nem aos protestos.
"Condeno a violência a que assistimos ontem. Relembro todos das suas responsabilidades e reafirmo o meu apoio às forças da ordem que fizeram um trabalho exemplar. Quanto ao resto continuamos a avançar", afirmou o Presidente.
A lei que foi entretanto enviada para o Tribunal Constitucional já teve consequências ao mais alto nível.
Macron viu-se obrigado a adiar a visita do Rei Carlos III, a primeira do monarca britânico ao estrangeiro desde que subiu ao trono, que estava marcada para segunda-feira. Um ato que a imprensa francesa está a classificar como uma humilhação política do Presidente,
Num momento em que os protestos continuam a causar disrupções no abastecimento de mercadorias e se preveem perturbações no tráfego aéreo durante vários dias, os Sindicatos anunciaram novo dia de mobilização geral para a próxima terça-feira.