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Primeiro-ministro japonês adverte que Ásia pode tornar-se "na Ucrânia de amanhã"

O chefe do Governo nipónico indicou ter manifestado junto dos dirigentes do G7 o seu "forte sentimento de crise em termos de segurança para a Ásia oriental".

JULIA NIKHINSON

Lusa

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, advertiu este sábado que "a Ásia poderá tornar-se na Ucrânia de amanhã", no final de uma visita oficial aos Estados Unidos.

O chefe do Governo nipónico indicou ter manifestado junto dos dirigentes do G7 - integrado pelos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão - o seu "forte sentimento de crise em termos de segurança para a Ásia oriental".

"A lição a extrair da Ucrânia é que a segurança da Europa e da região do indo-pacífico são inseparáveis", indicou.

"A situação em torno do Japão é cada vez mais grave, entre as tentativas de alterar pela força o 'staus quo' no mar da China oriental e no mar da China do Sul, e a promoção pela Coreia do Norte de atividades nucleares e de disparos de mísseis", considerou.

O líder nipónico fazia alusão ao empenho da China de aumentar o seu envolvimento numa ampla zona marítima em disputa, e que tem originado fricções com o Japão, as Filipinas e o Vietname.

A região também está suspensa pelas tensões em torno de Taiwan, a ilha que Pequim reivindica como parte integrante do país.

A deslocação de Fumio Kishida a Washington segue-se a uma decisão inédita de um país que se reivindica pacifista desde o final da Segunda Guerra Mundial.

O Japão anunciou que pretende duplicar o seu investimento na área da Defesa durante os próximos cinco anos.

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