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Príncipe Harry acreditava que Diana estava viva e iria regressar um dia

O filho mais novo do rei Carlos III contou, numa entrevista, que tinha esperança que a mãe tivesse fingido a própria morte.

Toby Melville

SIC Notícias

O príncipe Harry confessou que, durante “muitos anos”, acreditou que a mãe, a princesa Diana, estava viva e iria voltar. Afirma que o príncipe William, herdeiro ao trono do Reino Unido, partilhava da mesma crença. Os dois irmãos partilhavam a esperança de que a princesa Diana tinha fingido a própria morte e que iria voltar um dia.

Numa entrevista ao “60 Minutos”, da CBS, Harry conta que se “recusava a aceitar que ela tinha desaparecido”. Durante uma altura, o filho mais novo do atua rei Carlos III chegou mesmo a pensar que a mãe “tinha decidido desaparecer durante um tempo”.

“Se calhar era tudo parte de um plano”, partilha Harry na entrevista conduzida por Anderson Cooper. “Eu tinha uma enorme esperança”, admite. Garante ainda que esta esperança era partilhada pelo irmão mais velho.

A princesa Diana morreu num acidente de carro, em Paris, no final de agosto de 1997. Viajava com o companheiro Dodi al-Fayed, que também perdeu a vida, assim como o condutor do carro Henri Paul. Na altura da morte, Harry tinha 12 anos e William 15. Momentos antes do embate, Diana tinha sido perseguida por paparazzi.

Também no livro de memórias, intitulado “Spare”, Harry descreve a esperança que tinha em que a mãe reaparecesse. Anderson Cooper cita uma declaração do livro: “Eu dizia muitas vezes para mim próprio de manhã, talvez este seja o dia. Talvez este seja o dia em que ela vai reaparecer.”

Esta crença manteve-se até ser adulto. Quando tinha 23 anos, Harry visitou Paris pela primeira vez e, durante a viagem, pediu ao um condutor do táxi que o levasse pelo túnel onde a mãe morreu, à mesma velocidade que o carro ia antes do embate.

“Eu precisava desta viagem; eu precisava de percorrer o mesmo percurso. Todo ele”, contou na entrevista.

Harry renunciou, em 2020, aos seus deveres enquanto membro da família reais, tendo-se mudado para os Estados Unidos, onde vive com a mulher Meghan Markle e os dois filhos. Deste a separação da família real, Harry tem sido protagonista de diversas entrevistas polémicas. Publicou também um livro de memórias, que foi lançado esta semana.

Investigação à morte de Diana tem “falhas e buracos”

Harry deixou ainda críticas à investigação que foi conduzida pela Polícia Metropolitana. Afirma que tanto ele como o irmão William ficaram insatisfeitos com a conclusão de que o condutor de Diana estava embriagado no momento do acidente e até chegaram a “ponderar reabrir o processo”.

Quando questionado se ainda pensa em relançar a investigação, o príncipe Harry afirmou desconhecer se tal é ainda uma opção, mas sublinhou que “não iria mudar muito”.

Se preciso de mais do que já sei? Não”, garantiu. “Eu acho que não iria mudar muito.”

O príncipe Harry partilha ainda que não viu as fotografias do acidente. Na altura, foi aconselhado pela sua equipa no palácio a não ver algumas das imagens, por serem muito gráficas.

“Tudo o que vi foi a parte detrás da cabeça da minha mãe – caída no banco de trás”, lembra.

No entanto, o príncipe sublinha que queria ver as fotografias como forma de “prova” de que, de facto, era a mãe que ia no carro: “Prova de que tinha ficado ferida”, “prova de que os mesmos paparazzi que a perseguiram até ao túnel eram os mesmos que tiraram fotografias dela deitada, meio morta”, afirma.

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