Um juiz deverá decidir ainda esta quinta-feira se liberta ou mantém preso o antigo Presidente peruano. A detenção originou uma onda de protestos que paralisaram o país e já fizerem pelo menos oito mortos. O governo do Peru decretou ontem o estado de emergência.
Liberdade de circulação, liberdade de reunião e inviolabilidade domiciliária. Direitos constitucionais que, com o decretar do Estado de Emergência em todo o país, ficam suspensos por 30 dias.
O Governo do Peru atribui o controlo da ordem interna à Polícia Nacional com o apoio das Forças Armadas.
Os protestos contra a chefe de Estado, Dina Boluarte, começaram no domingo, com os apoiantes do Presidente Pedro Castillo a exigir a sua libertação.
Castillo foi preso depois de ter dissolvido o Congresso na tentativa de promover mudanças constitucionais para evitar o afastamento, no terceiro processo de impeachment, um ato classificado como golpe de Estado pela atual Presidente Dina Boluarte e por vários membros do governo.
Os EUA apoiam a decisão da Presidente em exercício e condenam a tentativa de Castilho de agarrar-se ao poder.
Já os governos do México, Bolívia, Argentina e Colômbia estão a favor de Castillo, que esteve apenas 17 meses na presidência.
Os protestos estão a condicionar a mobilidade de passageiros e mercadorias com bloqueios em estradas de todos o país.
Os confrontos entre manifestantes já provocaram perto de uma dezena de mortes e centenas de feridos.