Israel vai a votos na terça-feira pela quinta vez em quatro anos, numa eleição em que o antigo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pode depender de um partido de extrema-direita cujos líderes apelam à expulsão daqueles que são considerados "desleais a Israel".
O primeiro-ministro que mais tempo governou na história do país, Netanyahu, está a ser julgado por corrupção, que o próprio nega. Ainda assim, espera-se que o partido de direita termine com maioria no Parlamento.
As sondagens apontam para uma maioria parlamentar do conservador Benjamin Netanyahu. O correspondente da SIC, Henrique Cymerman, em Israel, explica os cenários que podem sair das eleições de terça-feira.
Os partidos da oposição admitem não fazer coligação com Netanyahu, a quem batizaram como "o acusado", informa Henrique Cymerman.
AS ALTERNATIVAS PARA FORMAR GOVERNO
Uma das alternativas seria Netanyahu formar Governo com a extrema-direita e com os ultraortodoxos, se conseguir um Governo de 61 deputados.
A outra opção, menos provável, seria que o centrista Yair Lapid volte a formar uma coligação de centro-esquerda com os partidos árabes.
A terceira opção é mais provável, de acordo com as sondagens, o empate entre Lapid e Netanyahu continue e o país tenha de passar por sextas eleições em quatro anos no próximo mês de abril.