Mais de 14,4 milhões de angolanos são hoje chamados a votar nas eleições gerais, um processo considerado pouco transparente pela oposição, mas que o Governo acredita e considera ser exemplar.
Esta é a primeira vez que os cidadãos angolanos fora do país vão poder votar. Em Portugal, há mais de 7 mil pessoas registadas para exercer o direito de voto.
O cantor angolano Bonga, votou hoje de manhã em Lisboa. Em declarações à SIC Notícias, diz que o MPLA vai ter uma surpresa negativa hoje e sublinha que este é um momento de mudança para Angola.
"Estou farto. Cabo Verde mudou de políticas várias vezes, porquê Cabo Verde e não Angola? Nós somos filhos de boa gente também. E democraticamente falando, a mudança é boa. Quanto mais não seja tiram as pessoas habituadas às benesses e põem aqueles que efetivamente vão trabalhar com as suas capacidades", sublinhou.
MPLA procura reeleição e UNITA apela à mudança
Angolanos vão decidir se o MPLA – o partido que governa o país desde a independência – se mantém no poder ou se os eleitores dizem sim ao apelo de mudança feito pela UNITA, de Adalberto Costa Júnior.
Os dois favoritos, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder) e a União Nacional para a Independência de Angola (UNITA) deverão partilhar a esmagadora maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional e, segundo a Constituição, os dois primeiros da lista nacional do partido mais votado serão, automaticamente, Presidente e vice-presidente do país.