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Turista atacada por urso polar durante expedição pelo Ártico

Vítima é de nacionalidade francesa e tem cerca de 40 anos.

20 de novembro: um urso polar procura por abrigo em Churchill, Canadá.
CARLOS OSORIO

SIC Notícias

Uma turista francesa não ganhou para o susto. A mulher estava acampada no arquipélago norueguês ocidental de Svalbard no Ártico, juntamente com mais 24 pessoas que realizavam uma expedição, quando foram surpreendidos por um urso polar.

A vítima foi imediatamente transportada de helicóptero para o hospital de Longyearbyen, a principal cidade daquela região. Segundo o chefe da polícia local, Stein Olav Bredli, a mulher ficou ferida no braço mas, apesar do susto, está livre de perigo.

A identidade da mulher não foi revelada, assim como as circunstâncias exatas do acidente.

Menos sorte teve o urso. O animal de grande porte acabou por ser abatido pelas autoridades, uma vez que se encontrava bastante ferido devido aos esforços dos turistas para repeli-lo. Os exploradores da expedição afugentaram o animal com recurso a armas de fogo e só assim o conseguiram forçar a abandonar o local.

Em Svalbard, local da ocorrência, é obrigatório transportar uma espingarda ao deixar as comunidades urbanas em modo de prevenção no caso de um encontro casual com um urso. No arquipélago, os ursos machos pesam entre 300 e 600 kg e as fêmeas metade.

De acordo com uma contagem de 2015, o setor norueguês do Ártico é o lar de cerca de mil ursos polares, uma espécie que tem sido protegida desde 1973. No arquipélago, foram registados seis ataques fatais a seres humanos desde 1971. O último foi em 2020 quando um holandês de 38 anos foi morto enquanto trabalhava num parque de campismo.

Segundo os peritos, o degelo causado pelo aquecimento global está a privar os ursos do seu terreno de caça favorito, onde se alimentam maioritariamente de focas, o que faz com que os animais tenham de se aproximar de zonas habitadas por humanos de modo a obter alimento.

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