O Governo angolano e as filhas mais velhas de José Eduardo dos Santos entraram em rutura total. Não chegaram a acordo sobre a trasladação do corpo do antigo Presidente para Luanda e colocaram um ponto final nas negociações.
O Executivo angolano acusa Isabel dos Santos de querer mercantilizar o corpo de José Eduardo dos Santos em troca do fim dos processos judiciais.
As exéquias fúnebres de José Eduardo dos Santos estavam a ser negociadas entre a família e o governo angolano, havendo divergências no clã, com alguns dos seu filhos a opor-se à entrega imediata do corpo a Luanda.
O governo angolano pretendia fazer um funeral de Estado, mas a decisão não foi bem acolhida pelas filhas mais velhas, em particular Tchizé dos Santos que afirmou que essa não era a vontade do pai e que José Eduardo dos Santos não queria ser sepultado em Angola enquanto João Lourenço, o atual presidente, que concorre a um novo mandato nas eleições gerais marcadas para 24 de agosto, estiver no poder.